O Corpo de Fuzileiros Navais é originário da antiga Brigada Real da Marinha, Unidade de Soldados Marinheiros que foi criada em Portugal por alvará da Rainha D. Maria I, em 1797. Essa Brigada teve como primeira missão, no Brasil, garantir a segurança da Família Real Portuguesa, que trazendo consigo as principais forças militares, chegou ao Rio de Janeiro em sete de março de 1808, a salvo dos exércitos invasores de Napoleão. Ato contínuo, o príncipe regente D. João, em represália, determinou a tomada de Caiena, ocupada por franceses, que após intensos combates se rendeu a quatorze de janeiro de 1809. Este episódio foi o batismo de fogo dos Fuzileiros Navais. Mais tarde, nas guerras da Independência, do Prata e do Paraguai destacaram-se em diversas ações, particularmente na Batalha do Riachuelo e na Passagem de Humaitá.
O Corpo de Fuzileiros Navais é constituído por cerca de quinze mil militares, todos profissionais. No contexto da estratégia naval, é empregado, por excelência, na projeção de poder sobre terra. Para tanto, os Fuzileiros Navais são desembarcados dos navios, empregando embarcações de desembarque, veículos anfíbios ou helicópteros, e contando com o apoio de fogo naval e aeronaval. Uma vez em terra, operam seus próprios meios, que incluem blindados, artilharia de campanha, artilharia antiaérea, engenharia de combate, comunicações e guerra eletrônica.
Os Fuzileiros Navais podem, ainda, ser empregados em diversas situações que demandem pronta ação, como controle de crises, bem como em missões humanitárias e de paz. Como exemplo, destaca-se o envio de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, com 230 militares, para participar da atual Missão da ONU de Estabilização no Haiti (MINUSTAH), atualmente em seu 8º Contingente.
Entre as instituições mais tradicionais do País, o Corpo de Fuzileiros Navais é facilmente reconhecido por seu uniforme vermelho garança, usado em datas especiais, e o característico gorro de fita. Respeitados pela população, que admira o garbo de seus integrantes e as evoluções de suas famosas bandas marcial e sinfônica, os Fuzileiros Navais – marinheiros de terra e soldados do mar – constituem exemplo de profissionalismo e dedicação à Pátria e à Marinha do Brasil há 199 anos. Sua presença nos três ambientes – terra, mar e ar – deu origem ao lema “ADSUMUS”, que significa “aqui estamos”.